O problema do pintor

         Um inteligente e culto pintor recebeu uma tarefa: pintar o teto todo estragado de um grande salão circular, no centro do qual havia uma enorme coluna, também circular.

Para fazer o orçamento ele precisava saber a área a ser pintada. O problema de ser um teto e ele não dispor de uma escada não era grave, pois a construção era tal que o chão tinha exatamente a mesma forma que o teto. Assim, ele poderia medir a área do chão.

         Mas ele não podia medir os raios dos círculos e obter, depois de algumas contas, a área a ser pintada, pois a coluna central era maciça. Ele poderia medir perímetros e fazer contas para calcular os raios. Mas ele não fez isso. Ele apenas mediu o comprimento de uma linha que ia de dois pontos no círculo externo, tangenciando o círculo interno, como mostra a figura a seguir.


Como o pintor pôde descobrir a área do anel com apenas essa medida?




A área do anel a ser pintado é igual à área do círculo maior menos a área do círculo menor. Como a área de um círculo é igual a π vezes o quadrado do raio, a área do anel é π multiplicado pela diferença entre os quadrados do raio do círculo maior e o quadrado do raio do círculo menor. Mas, olhe a figura a seguir: os raios do círculo maior e do círculo menor estão relacionados com a metade da distância medida pelo pintor pelo teorema de Pitágoras: a diferença entre o quadrado do raio maior e o quadrado do raio menor é igual ao quadrado da metade do comprimento da linha medida pelo pintor.

Foi assim que nosso amigo pintor resolveu o problema.


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