Naquela escola, as notas finais deveriam ser
arredondadas até uma casa depois da vírgula e a nota mínima para ser aprovado
era 5,0. Um estudante ficou com uma nota média 4,95. Por mais que seu professor
revisse todas as provas e trabalhos e recalculasse a média, o resultado final era
sempre o mesmo, 4,95. Esse professor era muito rigoroso no que diz respeito aos
critérios de correção, de aprovação e de arredondamento. A regra de
arredondamento que criou para si próprio e que seguiu durante toda sua vida de
dedicado, sério e rigoroso professor era a seguinte: considerar a casa decimal
a ser preservada que fosse mais próxima do valor a ser arredondado. No caso do
azarado estudante, 4,9, reprovado, e 5,0, aprovado, são igualmente distantes de
4,95.
Por mais que o professore consultasse sua
consciência, revisse as provas e trabalhos e lesse as regras da escola, não
conseguia decidir. Então o estudante fez uma proposta: em um papel seria
escrito “reprovado” e em outro, “aprovado”. Esses papéis seriam dobrados e
colocados em uma caixa. O estudante, então, tiraria um deles ao acaso e o que
estivesse escrito definiria para que lado a nota seria arredondada. O
professor, então, concordou em deixar que o acaso resolvesse seu dilema.
O estudante escreveu em um pedaço de papel
“reprovado”, entregou-o ao professor, que verificou o que estava escrito, o
dobrou e colocou na caixa. Em seguida, escreveu em outro pedaço de papel
“reprovado”, dobrou imediatamente sem que o professor o lesse e colocou na
caixa.
O estudante sorteou um papel e foi aprovado. Como
pode ser isso?
O estudante sorteou um papel, enfiou no bolso sem abri-lo,
despediu-se do professor e foi embora. O professor, para saber o que estava
escrito no papel levado pelo estudante abriu o que sobrou na caixa, no qual
estava escrito “reprovado” e concluiu que o estudante havia pegado o que estava
escrito “aprovado” e arredondou a nota para 5,0.
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